domingo, 10 de abril de 2011

Cante e encante a vida!

Ela abriu a janela, olhou para o céu, fechou os olhos , olhou para o seu mundo interior...
De repente, começou a cantar.
Sua música foi longe, distante...
Pessoas humildes, alegres, ricas, de carentes até os poderosos,
Houve algo diferente, ouve-se a melodia, um belo dia!
Ela não sabe...
Se ouve a sua voz..
Não houve um som,
há uma linda e maravilhosa canção!


Pensou que não havia ninguém, ninguém a via.
Continuou a cantar, cantar, cantar, cantar e cantar.
As pessoas se tornaram simples, iguais, como se fossem crianças, sem poder, sem ânsias.
Gera-se energia, nasce a força, Ela tem o poder e a autoridade de dar a vida,
mas,
Ela não sabe...


Houve uma transformação...
Então, ela aumentou o tom, alto, parecia o seu coração, nesta freqüência, nada se ouvia.
As pessoas se olhavam, se falavam, de mãos dadas formaram um lindo coral, cantando o seu canto.
Ela não sabe....


Ouve-se somente uma só Voz....
O poder da canção ou uma linda oração?
Ela não sabe...


“Gracias a la vida”,
Que eu amo tanto,
Os teus olhos claros são o meu pranto,
Pranto de alegria, pranto de amor, pranto de calor humano.
Sim somos Humanos e Hermanos!
Somos Amantes, somos Amigos, somos “Hermanos”,
Ela não sabe!


Mas Ela sabe...
Que sabemos o seu canto!
Cante!
Ela não sabe...
que estamos na mesma Sintonia...
ou será Harmonia?
Se Ela não sabe,
  o que sabemos, afinal?


NEO

Filhos: Como dividir o Amor com equilíbrio e harmonia!

Estou perplexo,
Tenho que escolher para mim,
Algo, deveras, complexo:
A mais linda flor do jardim.

Amarelas, vermelhas, brancas ou lilás,
Qual será a minha escolha?
Belas, perfumadas, claras, vivas, preciso tomar cuidado, aliás,
Será que posso errar me descuidar e apanhar uma folha?

Ah! Vejo o perfume, o aroma,
Cheiro as cores, ouço o farfalhar das flores,
Saio da redoma,
Paro, sinto o silêncio da música, sem dores.

Quanta hesitação,
Não consigo elucidar,
Reconhecer a distinção,
Fique calmo, não há o que me alarmar.

Definir sem se perturbar,
Qual a mais bela, sentida e querida,
Pelo nome certo apanhar ou chamar,
Será minha eterna dúvida: dádiva da vida.

Uma luz aparece, me ilumina,
Encontrei um caroço, uma semente, um tesouro.
Enraizei, abri o solo, semeei, quase uma mina,
Que engano, quase plantei um besouro.

Molhei a vala, coloquei o inseto,
Rápido e desconfiado, voou pelos ares,
Rodopiou sobre minha pessoa, zumbindo pelos pomares,
Sem pestanejar, sem ser correto.

Olhou, parecia que ria, se descontraiu
Jogou algo sobre mim, um pouco incomum,
Um som pesado emitiu,
Bateu em minha cabeça e fez TUM TUM TUM...

Não, não é o que você pensa,
Era uma pedra, uma recompensa,
Caindo no chão, se partiu,
Em duas metades se abriu,
E em cada lado,
Um nome diferente gravado: Érika & Vivian